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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A INVESTIDA


Cm7                Bb              G#                    Cm7
De repente os planos começaram a dar errado
                         G#                 Cm7
E o tempo em volta se fez fechado
                         Bb                  G#.
Seu sonho paradisíaco a se acabar,
     Cm7   G#                Cm7         G
E fazê-lo real passou a tentar


        Cm7                 Bb
Deu bastante de caminhar,
                        G#                  G
Assim, muitas milhas foi viajar
           Cm7                    Bb 
Além fronteiras, outros ares
                  G#                    G 
Cruzando terras, rios e mares


Cm7            Bb          G#       G 
Sob sol ou chuva; estrelas, luar,
Cm7              G#          Cm7     G
Era expedição por conquistar
Cm7         Bb           Gm       G   
Terras e tesouros ; fama e glória,
Cm7          G#                 Cm7  
Um final feliz pra sua história.


            Gm7                Bb
Viveu experiências angustiantes.
             G#                       G
Algumas das mais infernizantes.
                Cm7                     Bb
A quase se esgotar se empenhava.
                       G#                      G
Com auxílio cósmico talvez,contava.


             Cm7                  Bb
Tanto passou por esse intento;
                G#                   G
Os mais terríveis sofrimentos.
                     Cm7         Bb
Momentos densos de ruins
           G#                        G
A quase apressar-lhe o fim.


 Cm7        Bb                    G#        G
Determinado, sempre em frente,
Cm7                         Bb                             Cm7  
Mas buscando um caminho o mais diferente,
                      Bb                   G#       G
Em nenhum lugar se estancou.
Cm7                   Bb              Cm7       G
Seguindo assim então ele voltou.

Cm7                 Bb              G#               G
Mas sem nada daquelas riquezas conquistar,

Cm7                  Bb               Cm7         G     
Só sobraram histórias pra contar,
Cm7        Bb       G#         G 
E aquela paz um dia perdida
Cm7         Bb                         Cm7         G
Que reencontrou nessa investida.


   





Do mundo das paixões


Explodem emoções
Do mundo das paixões
Qual fogueiras que ardem
Em vozes que alardem

São lidas duns sonhadores
Que se encontram nuns horrores
Revertendo no desejo
Vão fazendo-se lampejos

É desilusão de amor
Corações que choram dor
Numa louca solidão
Queima o fogo da paixão.

Explodem emoções ...

Um ser fica indignado
Tendo o tapete puxado
Chega até ao desespero
Cometendo destemperos

O diabo do batom
É zoeira de um som
Vozerio, ventania
É delírio, agonia

Explodem emoções...

É angústia, desventura
Que persegue a criatura
Sou eu quase ferrado
Outro num beijo arrasado

É prisão apartamento
É escravidão tormento
É vida invadida
É vida mal vivida

Explodem emoções...

É segredo de estado
É remotíssimo passado
É o meio do deserto
É o futuro incerto

Vem do puro sentimento
Essas explosões ao vento
São de coisas desse mundo
Que na alma marcam fundo

Explodem emoções...



A Marca do Amor

O amor quando desperta
Marca fundo o sentimento
Faz um sonho turbinado
Como não imaginado

É o fim das voltas à loucura
             Da beira do precipício
             De tanto sofrer
             De tanto chorar
Pois atenua a tanta dor
E sobreleva da rejeição

E faz se encantar
Com a vida ainda mais
Por seu mistério a se revelar

É o fim da turbulência
              Da obsessão doentia
              Da vingança na gana
E se faz o mais relevante
Momento vivido
Mágico e libertador
Gera um apego definitivo
Fincado no coração

Em perene iluminação



Vento atrevido


Que vento mais atrevido
Veio dentro em mim varrendo
Que vento empedermido
Foi meu mundo desfazendo

Fez-me mal, no chão jogado
Não me pude em pé , oh não
Vento e jeito de maldade
Fez-me louco, sem razão.

O vento veio me causar imolação
E desarmar os meus planos de ação
Me jogou longe do querer do coração
Porém caído recomeço tudo então

O vento veio me causar imolação
e desarmar os meus planos de ação
me atrasou a minha vida um tempão
mas mesmo velho recomeço tudo então



Um Rebelado


Um rebelado
O seu estorvo alarma
Indignado
De flechas se arma

E tanto mais fomenta o seu penar
E não se manda porque topa encarar
Desesperado, procura sua saída
Desse inferno em sua vida

E pode assim se ir à dor d’uma loucura
Que naufraga uma criatura

Mas mal eu se sei dessa onda doida que rola
Mas eu bem sei que assim se  passa poucas e boas
Talvez valha ser apenas coração
Talvez valha segurar-se no amor
Tem muita coisa que se vê nesse escarcéu
Muita coisa assim sofrendo vai saber
Talvez valha se jogar em aventura
Para bem se sair de tal tortura

Uma fé pode valer de montão
Muitas vezes nisso é de se ver na mão
Tanto mais pode dar demais desgosto
E fazer bem assim todo disposto





No mundo ainda vive o amor


Buscando realizar seu ideal
Traçando e seguindo planos
Pra ser feliz na campanha
Pra consumá-lo sem danos


Tinha que passar maus pedaços
Andar caminhos errados
Se desgastar bem um tanto
E perder tempo adoidado


Se recheou de histórias pra contar
Nas lidas deste intentar
Até que pudesse voar


E d’umas experiências estreitas
As suas asas são feitas
As suas marcas perfeitas


é que se fez assim escolado
pelo que fez a se apurar
Nesse seu rumo de vida
Em que se foi a arriscar


Mas mesmo com os baques passados
Conserva o sentimento sem dor
E ainda mais feliz por constatar

Que no mundo ainda vive o amor


Em frente


De que serve seu desespero
Indo contra o mundo inteiro

Muito além é que está aquele céu
Tem também que transcender um denso véu

O estrupício em que você se encontrou
Se concerne ao que você procurou

Bem pior de que jorra o seu sangue
É uma triste armadilha nesse mangue

Seu sentido de vingança
Se dilata em sua lança

Mais que se envenenou
Seu mundo acabou

No pouquinho de amor que lhe restou
Tente ainda conquistar o que sonhou

Já não dá para você retornar
Resta então a você só mais lutar







Descomunal


Te vi sofrendo
Te vi cantando

Te vi sofrendo
Te vi cantando

Te vi sofrendo
Até demais
Se remoendo
Perdida a paz

Na vida muito louca
Se foi sua alegria
A dor não era pouca
E um fogo lhe ardia

Te vi dançando
Em pleno carnaval
Você estava
Numa bem mal

Te vi voando
Em pleno vendaval
Mandando ver
Que coisa mais descomunal

Mandando ver
Que coisa mais descomunal









Pequeno drama de final feliz
( F# )


F#
Já não fui normal
     B
É triste de ver
                      Ebm
Queria esquecer
                    B
Mas n’outros vejo
                     F#
Então me revejo


                               F#
Sob o império do mal
                Bbm
Perdi o azul
                    B
Lutei pelo azul
              C#7
Me joguei


                            F#
E voltou-me o azul

Quando veio me ver
                            C#7
Você, tudo o que há







O amor contigo


Se a luz se faz contigo
Em ti vai reforçar
O seu sonho projetado
Para bem realizar

Altruisticamente
Vontade de ser
muito mais lhe dará
sem nada mais temer

a luz que se faz é o amor
a fazer-lhe mais e mais atirado
com a mente totalmente
no seu fim determinado

se o amor se faz contigo
vai lhe fazer valer
e não terá força oculta
nem mal para te vencer

vai, sim , te resolver
será sua solução
mais que lhe afastar do ruim
será sua libertação








Chovendo pra valer

Tá chovendo pra valer
Vai molhando meu viver

Tá chovendo pra danar
Minha alma a encharcar

É noite e dia toda água a chover
Meu coração nunca há de esquecer

É noite e dia a chuva a se precipitar
Meus sentimentos vão em gotas pelo ar









Bem mais


E
Ouvi o seu estouro
         F#
Não foi barulho pouco
                  A
Como se fosse ouro
     E
Como se fosse louco



Como se fosse estalo
       F#
Rachando a sua paz
        A
Seqüência de um embalo
          E
Indo bem mais, bem mais


Como se envolto em fogo
    F#
Fosse o mal queimar
     A
Como se nesse jogo
     E 
Tivesse a ganhar

   E                                                F
Você pagando o alto preço do sucesso
             A                                 E
Sendo tudo, sendo só o seu reverso

                                                        F#  
E do que sobrou pra mim eu nem te falo
                                   A            E
Hoje entendo o que vivia a fustigá-lo

                                                     F#
É que eu sei onde sua prosa se perdeu
       A                                          E
No ponto onde você se desentendeu

                                           F#
Foi porque uma vez você amou
                  A                               E 
De uma forma tal que depois odiou

                                                 F#
Mas foi porque uma vez você amou
                 A                   B          E  
De uma forma tal que depois odiou









O que é ?


O que é que você tem rapaz
Que está descontrolado demais
E desatina no mundo sem paz ?
Qual foi o bicho que lhe mordeu?
Quanto alarde rapaz você faz

Vejo que pro seu lado tá difícil
Vejo que a coisa está mesmo feia
Cê tá numa enrascada infeliz
Rapaz você tá mesmo por um triz
Rapaz, tá instaurado o terror
Como você reage com furor
Vejo que tá pegando pra valer
Você não pára de se debater

Já não são mais serenos
Os momentos seus

O que é que você tem rapaz
Que você tá transtornado demais
E desatina no mundo sem paz ?
Qual foi o bicho que lhe mordeu ?
Quanto alarde, rapaz, você faz

Será foi droga, cachaça, mulher...
Gigante sonho que não deu pé !






Nome


Nome vive o sonho
Que tanto almejou
Soube realizar
Uma estrela alcançou
E a fez brilhar

Atirou-se na aventura
Acumulou vivências
Histórias pra contar
Sentimentos, experiências
Aprendeu a voar

Passou maus bocados
Tentou até desistir
Mas o desejo entranhado
Fazia-lhe persistir

De tudo que vivenciou
Não tem muito do que se queixar
Alguma tristeza ficou
Mas tudo veio a calhar

Uma luz que se revelou
Lhe inspira noite e dia
O tempo pior passou
Vive bem mais na alegria






Difícil


Vai ver que é difícil
Fazer de ser ofício
Vir lá do precipício
No vício que alimenta a ilusão

Melhor fazer comício
Como um bom patrício
Vivendo o armistício
Também é um indício de paixão

A vida é desperdício
Quando lá no hospício
Qual um ser fictício
Parado no início de uma dor

Vem lá dum orifício
Não o do dentifrício
Do não alimentício
O lado estrupício do amor






Passarinho do povo
        ( G  Am ) Am9
        
G     Am
Fustigado, algo novo
Eu passei a intentar:
Pergaminho para o povo
Que se fosse pelo ar;

Instigado, vou de novo;
Vou buscando acontecer,
Qual passarinho do povo,
Do barato vir a ser:

C  Em  Am  G
Um sonzinho, água ou vinho,
Vou buscando meu caminho;

Pedras, cobras no caminho !
Descaminhos no caminho !





Noturno sonho solar


Noturno sonho de sol
Veio me trazer novo astral
Noturno sonho de sol
Veio me trazer todo o bem

Foi como um mistério a se comunicar
E tinha um som pairando pelo ar

Era muito belo, era só beleza
Veio afugentar um medo, uma tristeza

Não foi difícil para mim interpretar
Algumas vezes me pegava a pensar

Era muito forte, qual fosse real
No mais eu vivia da vida o meu normal

No coração calado
Vivia o sonho quieto

Mas tava em meu destino
De o pronunciar







O sentido de um sofrer

I

Para saber qual o sentido daquele sofrer
Ficar sozinho no mundo a se desesperar
Por tanto querer, por querer voar
Até enlouquecer, se afundar

Vai saber que o desejo sempre existiu
E é o mais puro dentro em nossos corações
E tão infantil, e pelas canções
Que sempre se ouviu anos encantar

Saber também que não se deve confundir
Um sentimento puro assim e tão do amor
Com uma gana cega de vingança
Quando o amor nos ensina o perdão

Mas alguém que assim vive esse devir
É desprezar maus sentimentos nessa dor
Tornar-se puro tal quando criança
Para sair-se dessa mortal aflição

II

Oh , o quanto vem para alguém assim a se encontrar
A se martirizar, a se humilhar
A se sujar, a mendigar
E na boca do povo ser tal

Tem também sair ao mundo a se aventurar
E se a morte não for abraçar
E se a fé constar vai se salvar
E um mundo novo se desvela afinal

Pois se iluminou que sofre da sua própria mão
E já não sente mais o ódio , nem de si a pena
Mesmo quando a fissura às vezes dói-lhe igual
No esqueleto machucado a sonhar

Então calou, se conformando ao ouvir do coração
Que a alma evolui e se apura a duras penas
E que na vida isso é tão natural
Como é natural o cantar








A luz


No fim, a luz ...
Tomei pra mim

É longa a jornada
Desde a beira do mar
Andar meio mundo inteiro

E muitos são os que entram naquela dança
Vencendo acres dissabores
Vivendo o sonho dos amores








Bons tempos

Foi assim, rolava um lance legal
Alto astral, gente tipo intelectual
Papos cabeça, cultura geral
Era mesmo uma festa e tanto mais
Saraus, confraternizações; era demais

Como um louco eu sonhava
Ser um a estrela do céu aspirava
Mostrar valor eu muito ansiava
Tanto amor, tanta intensa magia
Tanto encanto, um bem querer me envolvia

Mas de repente o astral veio a baixar
Porque alguém começou a debochar
Do cabelo duro de uma nega lá
Bem chateado com aquilo eu fiquei
E as dores da nega então eu tomei

De revolta eu não me agüentei não
Com toda aquela mangação
Pois começaram a debochar de mim então
Eu passei a renegar aquele mundo
Fiquei mesmo de mal com todo mundo

Eu fiz mesmo a cara feia, tão revoltado
Falei, e falei, e falei um bocado
Pelo tanto que eu fiquei indignado
Tudo era tão bom, tudo ruim ficou
Fui viver coisas incríveis, quase minha vida acabou.

Nem sei quem era aquela nega que fora ultrajada
De quem tomei as dores de forma tão indignada
Nem sei mais daquela moçada
Com quem convivi desta forma, assim
Comigo ficou tudo bem por fim

Mas daqueles tempos eu sinto muita saudade
Sim, foi um tempo muito bom de verdade
Amor e sonho eram a minha realidade
Quisera eu poder reviver a parte boa vivida
Aqui no coração guardarei por toda a vida

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